05 de Abril de 2009

Preparava-me para sair e abri um caderno que, há pouco tempo, me ofereceram num trabalho. Na primeira página, sob uma imagem árida, de uma praia meio desertificada (que me fez lembrar a minha...), estava escrito: "Não deixe nada por dizer". Sorri. Era exactamente naquilo que pensava antes de o abrir. Nesse momento, desejei que o tempo pudesse voltar atrás. Horas apenas. Minutos (muitos) talvez. Às vezes, queria só poder sustê-lo, como sustenho a respiração em momentos de angústia ou aflição. Poder pará-lo, como páro a marcha quando acho que não vou ser capaz de prosseguir caminho. Retê-lo em mim o suficiente para conseguir sentir. Respirar fundo e ter a certeza de que nada faria de diferente e que, mesmo que não haja amanhã e que os desejos diminuam de intensidade, "houve qualquer coisa quente quando estiveste"

publicado por Inês Alves às 11:15

Há qualquer coisa de leve na tua mão,
Qualquer coisa que aquece o coração
Há qualquer coisa quente quando estás,
Qualquer coisa que prende e nos desfaz

Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol

A forma dos teus braços sobre os meus,
O tempo dos meus olhos sobre os teus
Desço nos teus ombros para provar
Tudo o que pediste para levar

Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais...

Tens os raios fortes a queimar
Todo o gelo frio que construí
Entras no meu sangue devagar
E eu a transbordar dentro de ti

Tens os raios brancos como um rio,
Sou quem sai do escuro para te ver,
Tens os raios puros no luar,
Sou quem grita fundo para te ter

Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais...

Quero ver as cores que tu vês
Para saber a dança que tu és
Quero ser do vento que te faz
Quero ser do espaço onde estás

Deixa ser tão leve a tua mão,
Para ser tão simples a canção
Deixa ser das flores o respirar
Para ser mais fácil te encontrar

Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais...

Vem quebrar o medo, vem
Saber se há depois
E sentir que somos dois,
Mas que juntos somos mais

(...)

publicado por Inês Alves às 11:06
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